A tragédia do voo 191 da American Airlines: O acidente mais mortal da história da aviação nos Estados Unidos

Em 25 de maio de 1979, o voo 191 da American Airlines partiu do aeroporto internacional O'Hare de Chicago com destino a Los Angeles. Era uma sexta-feira à tarde, e muitas pessoas acabavam de sair do trabalho para embarcar naquele que seria o maior acidente aéreo da história dos Estados Unidos até aquele momento.

O avião era um McDonnell Douglas DC-10, um dos modelos mais modernos e seguros da época. Mas, infelizmente, a combinação de falhas mecânicas e erros humanos levaram à queda da aeronave e causaram a morte de todas as 271 pessoas a bordo e outras duas no solo.

Aqui, vamos explorar os detalhes e curiosidades sobre esse trágico evento que causou comoção e mudou as diretrizes de segurança da aviação mundial.

A causa do acidente

As investigações mostraram que a causa principal do acidente foi a falha de um dos motores do avião na decolagem. O motivo foi uma peça mal instalada pela equipe de manutenção, que não havia seguido as instruções corretas do fabricante.

O motor, que pesava quase seis toneladas, soltou-se do avião durante a subida e arrancou uma parte do hidráulico da asa esquerda, que controlava o movimento dos flaps e slats, as partes móveis das asas que regulam a sustentação e reduzem a velocidade do avião.

Com isso, o DC-10 perdeu o controle e inclinou-se rapidamente para a esquerda, sem que os pilotos conseguissem recuperá-lo. Em menos de um minuto, a aeronave colidiu com um campo aberto a cerca de 1,6 km da pista de decolagem, explodindo em chamas.

Os erros humanos

Além da falha técnica, os investigadores descobriram que vários erros humanos contribuíram para a tragédia.

Um deles foi do próprio piloto, que decidiu não abortar a decolagem depois de notar uma vibração estranha na aeronave. Esse aviso, que poderia ter salvado a vida de todos a bordo, foi negligenciado por falta de treinamento e experiência.

Outro erro foi dos passageiros, que não seguiram as instruções da tripulação durante o impacto, tentando pegar suas bagagens e sair da aeronave, em vez de evacuá-la de forma ordenada e rápida.

As consequências

O acidente do voo 191 teve diversas consequências para a aviação mundial. A primeira foi a queda das ações da American Airlines, que perdeu milhões de dólares em processos judiciais e indenizações às famílias das vítimas.

Outra consequência foi a mudança nas normas de segurança da Federal Aviation Administration (FAA), órgão regulador da aviação nos EUA, que passou a exigir dupla verificação dos reparos feitos nas aeronaves e proibir a retirada de peças sem autorização dos fabricantes.

Além disso, o acidente do voo 191 serviu como um alerta para outras companhias aéreas e empresas de transporte em todo o mundo sobre a importância de investir em manutenção, treinamento de pessoal e comunicação com passageiros em situações de emergência.

Em memória das vítimas

O acidente do voo 191 da American Airlines nunca será esquecido pela história da aviação e pelos familiares das vítimas. Todos os anos, no dia 25 de maio, eles se reúnem no Memorial dos Caídos da Aviação, em Chicago, para prestar homenagens e lembrar aqueles que perderam suas vidas naquele triste dia.

Conclusão

A tragédia do voo 191 foi uma lição dolorosa, mas necessária, sobre as falhas humanas e técnicas que podem levar a uma catástrofe no ar. Hoje, graças às medidas de segurança e aos avanços da tecnologia, a aviação se tornou muito mais segura do que era há 40 anos.

Mas nunca podemos baixar a guarda e esquecer que, em qualquer momento, estamos a poucos metros acima do solo e que a vida depende de um conjunto de fatores que devem estar sempre em perfeita harmonia.